A epicondilite lateral, popularmente conhecida como cotovelo de tenista, é caracterizada pela alteração nos tendões usados na parte externa do cotovelo. Esses tendões são responsáveis por conectar os músculos presentes no antebraço ao epicôndilo lateral, que permitem o movimento de extensão do punho e dos dedos.
Afetando aproximadamente 3% da população, essa é uma condição muito recorrente dentro dos consultórios dos ortopedistas.
A epicondilite lateral pode afetar pessoas de ambos os sexos e é bastante comum entre praticantes de esporte que envolvem movimentos repetitivos no antebraço, como a extensão do punho e dos dedos e a supinação do antebraço. Ela também pode afetar pessoas que não praticam atividades físicas ou não exercem movimentos repetitivos, porém é uma doença que afeta com frequência os praticantes de tênis e pessoas que digitam com frequência.
Os principais sintomas dessa doença são:
- Dor localizada na parte externa do cotovelo que pode irradiar até o antebraço;
- Perda da força ao segurar objetos ou carregar sacolas;
- Dificuldade para realizar determinados movimentos.
Como é feito o diagnóstico de epicondilite lateral
O diagnóstico dessa doença depende de uma avaliação completa do histórico clínico e do exame físico realizado pelo médico no consultório. Dependendo do quadro do paciente, o médico também pode solicitar a realização de exames complementares para conseguir determinar um diagnóstico mais preciso, a radiografia, o ultrassom e a ressonância nuclear magnética.
Esses exames complementares são solicitados para eliminar alguns diagnósticos diferenciais, como a síndrome do túnel radial, artrite úmero-radial, lesões no ligamento colateral lateral e a presença de calcificação ou deformidade no local da dor. O tratamento a ser recomendado pelo médico responsável vai depender dos resultados obtidos com a realização desses exames.
Como é feito o tratamento?
O tratamento para epicondilite lateral do cotovelo inicialmente é feito de maneira conservadora. Na fase aguda da doença o médico pode recomendar:
- Repouso do membro afetado;
- Utilização de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor;
- Realização de compressas de gelo locais.
Aliado a essa abordagem, também pode ser recomendada a realização de fisioterapia e utilização de órteses para imobilizar o membro. O médico também pode recomendar a infiltração local de medicamentos para alívio dos sintomas.
Essa infiltração costuma ser frequentemente realizada no tratamento de epicondilite lateral, sendo um procedimento simples e minimamente invasivo. Essa infiltração pode ser realizada no consultório do ortopedista e o paciente pode ir para casa no mesmo dia.
Os medicamentos mais utilizados na infiltração para o tratamento da epicondilite lateral são:
Ácido hialurônico: naturalmente presente no nosso corpo, o ácido hialurônico também pode ser produzido em laboratório e é utilizado para estimular a cicatrização do tecido que está degenerado.
Corticosteróides: também é um medicamento que apresenta bons resultados no controle da dor e pode trazer uma melhora nas primeiras seis semanas.
Em casos mais graves, principalmente quando o tratamento conservador não consegue entregar o resultado esperado, o médico pode realizar uma cirurgia para remoção do tecido degenerado.