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Tratamento de lesões musculares em atletas

lesões musculares em atletas

Embora sejam bastante democráticas, inevitavelmente as lesões musculares são mais comuns em atletas, sejam amadores ou profissionais. Dependendo do esporte exercido, os grupos musculares afetados podem variar, contudo, as lesões ocorrem mais comumente nos membros inferiores. As lesões musculares em atletas podem ocorrer por dois fatores distintos:

Externos: quando uma força de impacto extrínseca vai de encontro ao músculo, muito comum em esportes de impacto, como basquete, futebol, Rugby, etc. Nesse caso, ocorre uma contusão muscular;
Internos: causadas por uma disfunção muscular, que é quando o músculo sofre com esforços repetitivos, sobrecarga, ou atividades extenuantes. Diferentemente do primeiro caso, a lesão aqui é de estiramento muscular.

Como ocorrem as lesões musculares em atletas?

Nas lesões musculares que ocorrem em atletas, acontece a ruptura das fibras musculares e do tecido conjuntivo local. Para que seja determinada a gravidade da lesão e o tratamento adequado, o atleta deverá passar por uma avaliação médica, que determinará o grau de comprometimento das estruturas lesionadas, que pode ser:

Grau 1: estão enquadrados nesse tipo de lesão os estiramentos musculares, e por se tratar da lesão mais branda, existe um baixo comprometimento das fibras musculares. Nesse caso, juntamente com a lesão, pode surgir algum inchaço e hemorragia leve por conta do comprometimento do tecido conjuntivo local. Geralmente é tratada com uma abordagem conservadora, que envolve repouso, compressão de gelo e medicamentos para dor, se necessário.

Grau 2: nesse tipo de lesão, as fibras musculares sofrem um dano mais severo, com a ruptura parcial. Essa lesão é comumente causada pela contração muscular máxima, e ela vem acompanhada de dor moderada, hemorragia significativa, inchaço e uma maior limitação dos movimentos.

Grau 3: essa é a lesão considerada mais grave. O atleta é afastado totalmente das suas atividades por um período maior de tempo por conta da ruptura total das fibras musculares, que prejudica totalmente os movimentos e causa dor intensa e persistente. Na maioria dos casos, o tratamento é realizado com intervenção cirúrgica.

Tratamentos de lesões musculares em atletas

Como vimos, o tratamento de lesões musculares em atletas vai depender, principalmente, da gravidade da lesão sofrida. O primeiro passo é buscar ajuda de um profissional especializado, de preferência um ortopedista esportivo, que seja capaz de avaliar o quadro e diagnosticar a lesão sofrida. Além da avaliação clínica, o médico pode solicitar alguns exames de imagem para determinar com mais assertividade qual o grupo muscular que foi afetado e com qual gravidade.

É muito importante que o atleta busque ajuda imediatamente após a lesão para que não haja um agravamento do quadro. Inicialmente, pode ser realizada a aplicação de compressas de gelo no local para reduzir o sangramento, além de repouso e elevação do membro que foi lesionado.

Após a realização da avaliação e dos exames de imagem, o médico será capaz de determinar qual a gravidade (grau I,II ou III) e estipular qual o tratamento que deverá ser aplicado ao caso. Na fase aguda da lesão, é estipulada uma abordagem conhecida como PRICE:
Proteção;
Repouso;
Gelo;
Compressão local;
Elevação.

A utilização de tipoias, muletas ou estabilizadores musculares geralmente é recomendada em lesões onde há um maior comprometimento, como de grau I ou II. Isso é feito para que a área de lesão não seja ampliada e agrave ainda mais o quadro. O processo de cura segue três etapas principais:

Fase de destruição: é quando ocorre a lesão em si, com a ruptura e surgimento do hematoma;
Fase de reparação: surge uma cicatriz no tecido e começa a revascularização da área lesionada;
Fase da remodelação: é o período de retração e reorganização da estrutura do tecido. Aqui começa a recuperação funcional.

O tratamento cirúrgico é raro, e é mais comum em lesões onde o comprometimento funcional do membro tenha sido grande, como ocorre nas lesões de grau III.

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