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Osteíte Púbica em Atletas: Causas, Sintomas e Tratamento

Osteíte

Popularmente conhecida como pubalgia, osteíte pública é uma doença inflamatória que acaba gerando uma dor sentida na região do osso púbico. Sendo mais comum entre atletas, essa dor pode ser crônica ou aguda, sendo necessário uma avaliação de um especialista para determinar as suas causas.

 

Uma das principais origens da osteíte púbica está na compensação muscular, decorrente do enfraquecimento de determinados músculos. Com o passar do tempo o corpo acaba compensando esse desequilíbrio e gerando uma sobrecarga E desencadeando um processo inflamatório.

 

Também relacionada com a pubalgia é a inflamação na sínfise púbica, uma articulação presente na região da bacia, e a neuropatia periférica. Nesse caso, existe uma compressão dos nervos da região que resulta em inflamação e dor.

 

A dor sentida pelos pacientes com pubalgia é sentida na parte frontal do osso púbico, podendo irradiar para a virilha, parte inferior do abdômen e porção superior das coxas. Os pacientes que sofrem com essa condição podem relatar intensificação da dor ao realizar atividades físicas ou atividades sexuais, sendo mais comum se apresentar em apenas um dos lados do corpo.

 

A osteíte púbica pode ser classificada de acordo com a duração dos sintomas, sendo:

 

Pubalgia aguda: essa dor aparece durante a prática de esportes e pode estar relacionada com lesões musculares.

 

Pubalgia crônica: nesse caso, a dor relatada se apresenta por mais de três meses de duração, podendo estar associada com outras patologias como uma hérnia inguinal e femoral ou lesões na articulação coxofemoral.

 

Independentemente do caso, é fundamental buscar uma avaliação especializada para garantir um diagnóstico mais preciso.

 

Quais são as causas da Osteíte púbica ?

 

A união entre os ossos do púbis conhecida como sínfise púbica consiste em uma articulação que funciona de maneira praticamente fixa. Estando sujeita a diversas cargas decorrentes da intensidade ou repetições realizadas no esporte costuma surgir por conta de desequilíbrios de forças musculares e outros fatores.

 

As principais causas dessa condição são:

 

  • Lesões nos tendões adutores;
  • Lesão no músculo reto abdominal;
  • Inflamação no osso do púbis;
  • Fraqueza muscular na parede abdominal;
  • Impacto femoroacetabular.

 

Diagnóstico e tratamento

 

Para determinar o diagnóstico da osteíte púbica o médico irá realizar uma avaliação clínica para identificar qual a estrutura que foi lesionada. Essa avaliação é fundamental para a eliminação de outras doenças, como as hérnias inguinais, distúrbios urológicos ou ginecológicos, patologias extra e intra-articulares no quadril e dores na coluna.

 

Para obter uma imagem mais precisa da lesão, podem ser solicitados exames de imagem como ultrassom, radiografias e a ressonância magnética. Através desses exames o médico consegue excluir diagnósticos diferenciais e confirmar o diagnóstico de pubalgia

 

Nesse processo, ressonância magnética é o melhor e mais preciso exame a ser realizado. Através dele, é possível identificar alterações como:

 

  • Tendinopatia do adutor longo;
  • Edema medular e subcondral do osso púbico;
  • Avulsão ou ruptura do tendão adutor longo e do tendão do reto abdominal;
  • Alterações na sínfise púbica

 

Com base nos resultados obtidos e determinado diagnóstico, pode ser iniciado o tratamento. A abordagem utilizada vai depender da causa da pubalgia, o tipo e o nível de atividade física realizado pelo paciente e quais são os tratamentos que já foram implementados.

 

Na maior parte dos casos, o tratamento escolhido de início é o tratamento conservador. Nesse caso, é realizada a interrupção ou alteração das atividades físicas, uso de medicamentos anti-inflamatórios analgésicos e início de fisioterapia para o fortalecimento muscular.

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Caso essa abordagem não consiga combater os sintomas da melhor maneira, pode ser indicada também a infiltração articular para a melhoria do quadro.

 

Caso essas abordagens não consigam recuperar a qualidade de vida e a mobilidade do paciente, pode ser recomendada a realização de uma cirurgia. No caso de pubalgia secundária a Impacto femoroacetabular a cirurgia mais indicada é artroscopia do quadril, já no caso de ruptura tendínea é feita o reparo do tendão que se encontra lesionado.

 

A abordagem cirúrgica utilizada depende principalmente das causas da doença, podendo entregar excelentes resultados e permitindo o retorno ao esporte no menor tempo possível.

 

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