As dores no quadril provocam limitações e desconfortos diários para grande parte da população, estas podem se apresentar de diversas formas, localizações e intensidades. É fundamental para um tratamento preciso identificarmos todas as características da dor, assim como a estrutura que está sendo acometida, como a lesão labral e o impacto femoroacetabular.
Quanto à localização, a dor pode ser anterior, posterior, lateral ou medial a articulação do quadril. A determinação da localização irá colocar em destaque algumas hipóteses diagnosticas, descartando outras. Por exemplo, dores anteriores estão mais relacionadas a casos de impacto fêmoro acetabular, osteoartrose, infecção, tendinoses do iliopsoas; as dores laterais, em geral, acusam dores relacionadas ao mecanismo abdutor, que compreende os tendões glúteos e bursas trocantéricas; dores mediais nos fazem pensar principalmente em tendinopatias de adutores, que podem estar relacionadas a um quadro mais complexo de pubeíte e por último, as dores posteriores podem nos levar a um diagnóstico de impacto posterior, síndrome do piriforme, osteoartrites sacro-ilíacas e lombociatalgias.
A intensidade da dor pode ser leve, moderada e intensa, variando de acordo com a patologia e principalmente com o limiar de dor de cada paciente. Podemos encontrar pacientes com o mesmo grau de artrose nas radiografias, por exemplo, porém um deles pode apresentar dores mais intensas enquanto que o outro pode apresentar sintomas leves. Importante avaliar como esta dor influencia na vida diária do paciente, ou seja, limita suas atividades diárias impossibilitando o mesmo de trabalhar, se vestir, andar pequenas distâncias, precisando de auxilio para deambular (bengala, muletas,…).
É Possível Subir e Descer Escadas com Dor no Quadril?
Todas estas perguntas devem ser feitas para podermos guiar o melhor tratamento para o paciente. As dores podem existir no repouso, nas atividades diárias simples, como andar ou apenas em atividades físicas forçadas, seja no trabalho ou no lazer.
O tempo em que esta dor acomete o paciente, também é importante de ser avaliada, geralmente dores crônicas (mais de 2 meses) de existência, demandam em geral um tratamento mais prolongado e podem estar associadas a patologias em estágios mais avançados; enquanto que dores agudas (menos de 2 meses) irão apresentar resultados mais satisfatórios, se forem tratadas de forma precisa, seja por um tratamento clínico ou cirúrgico. Esta é a importância de diagnósticos precoces em toda a medicina.
Um dado muito importante, que não podemos deixar de investigar, é o grau de mobilidade articular que o quadril apresenta. Devemos avaliar se a articulação apresenta todos os seus movimentos livres, ou se de alguma forma eles se encontram restritos. A maioria das patologias que acometem o quadril irá provocar restrições de flexão, rotação interna e abdução do quadril, com graus variados de restrição. Deve-se tentar diferenciar se esta restrição de movimento é uma restrição mecânica, por exemplo, por contado de dois ossos, ou se o movimento apresenta uma restrição por conta da dor, em geral provocada por um processo inflamatório.
Os movimentos do quadril podem vir acompanhados de ruídos, como crepitação e estalidos que podem nos direcionar para um diagnóstico. A dor e a restrição pode levar a alteração na marcha do paciente, que também deve ser levada em conta durante o exame físico do paciente.
Alterações sistêmicas, como febre e alterações em outros órgãos do nosso corpo, como alterações na urina ou nas fezes, também devem ser levadas em conta quando estamos frente a um quadro de dor no quadril. Além disso, idosos estão mais propensos à lesões no quadril. Estas alterações podem nos sugerir diagnósticos de outras patologias que podem estar sendo irradiadas para a região do quadril, simulando assim alguma alteração nesta articulação.
Unindo todos os dados anteriores, podemos determinar se a dor que acomete o quadril é decorrente da articulação, de um músculo, de um tendão, de um nervo ou até mesmo outro órgão. Esta determinação é fundamental para podermos aplicar o tratamento de forma mais eficaz e precisa. Quando temos dificuldade em determinar qual destas estruturas está levando ao quadro de dor, ou quando precisamos de mais detalhes destas estruturas, devemos lançar mão dos exames complementares, como radiografias simples, tomografias, ultrassonografias, ressonâncias nuclear magnéticas ou exames laboratoriais (como sangue e urina).
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Artigo Escrito por: Adriano Leonardi