A condromalácia patelar em ciclistas é caracterizada por um processo de desgaste na cartilagem que recobre o joelho. Por conta da falta de inervação na região, essa doença costuma ser silenciosa.
Esse desgaste desencadeado por inúmeros fatores, mas a maioria dos casos é causado por uma biomecânica inadequada ou desequilíbrio muscular esses fatores fazem com que a patela não se mantém alinhada e se posicione de forma lateral, favorecendo O atrito entre a cartilagem e a patela.
Essa doença é classificada de acordo com a gravidade, sendo:
- Grau 1: a cartilagem apresenta amolecimento, mas sem fissuras.
- Grau 2: a fissuras presentes na cartilagem se apresenta em um tamanho de até 1,3 cm.
- Grau 3: neste estado da doença, as fissuras ultrapassam o tamanho de 1, 3 cm.
- Grau 4: no estágio mais grave da doença, o paciente apresenta erosões ou até mesmo a perda total da cartilagem. Nesse caso, pode haver a exposição do osso.
No caso dos ciclistas, dor no joelho é uma das lesões mais comuns que acometem praticantes desse esporte. Dependendo da gravidade, a lesão pode incapacitar o atleta e prejudicar a realização de esportes e atividades físicas. Por essa razão, diante de sintomas é fundamental que o atleta busque ajuda de um profissional para uma correta avaliação e início do tratamento.
Quais são as causas da condromalácia patelar?
Considerando que a articulação do joelho é responsável por absorver energia cinética, é comum que lesões de desgaste de sobrecarga acabem se desenvolvendo. Nesse sentido, sobrecarga mecânica pode fazer com que a cartilagem passe a se deteriorar. A sobrecarga pode ser ocasionada por:
- Falta de fortalecimento dos membros inferiores, tronco e quadris;
- Joelho valgo, tróclea femoral Rasa ou patela alta;
- Lesões no joelho;
- Problemas no padrão de movimento, como o valgo dinâmico;
- Atividades físicas de alta intensidade onde,
- Sino da carga e da intensidade dos treinos;
- Sobrepeso.
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Ao desenvolver condromalácia patelar, o paciente pode relatar sintomas como dor no joelhos ao correr, se levantar ou subir e descer escadas, dor na região da rótula, sensação de ardência, crepitação e inchaço.
Do diagnóstico ao tratamento
O primeiro passo para o paciente que relata os sintomas relacionados à condromalácia patelar, é buscar ajuda de um médico especialista. Esse profissional irá avaliar o quadro do paciente, os sintomas relatados e o tipo de atividade física que é exercida.
Feito isso, ele poderá solicitar alguns exames de imagem complementares para se obter uma perspectiva mais abrangente da lesão. Nesse caso o médico ortopedista pode solicitar uma ressonância magnética ou radiografias.
Uma vez determinado diagnóstico, pode ser iniciado o tratamento de condromalácia patelar. O principal objetivo do tratamento conservador é garantir a redução da sobrecarga e o fortalecimento da articulação, com foco nos membros inferiores do tronco e quadril.
Pode ser necessário também realizar a correção de alguns padrões de movimento considerados inadequados que podem aumentar a sobrecarga e prejudicar ainda mais a cartilagem
Acompanhando a abordagem conservadora, também podem ser recomendados medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios para reduzir a dor. Nos quadros mais graves, esses medicamentos podem ser injetados diretamente dentro da articulação para resultados ainda mais expressivos.
A intervenção cirúrgica somente é recomendada em casos específicos, como quando o tratamento conservador não consegue agregar melhorias e o paciente ainda relata sintomas como dor e travamento. Essa abordagem também é utilizada nos casos onde há instabilidade patelar recidivante ou lesões nos ligamentos.
Por essa razão, é fundamental buscar ajuda de um médico especialista para uma avaliação correta e início do tratamento imediato.